O governador Mário Covas, o ministro da Saúde José Serra, o secretário estadual de saúde José Guedes e o reitor da Unicamp, Hermano Tavares inauguraram nesta sexta-feira (22/09), o Hospital Estadual Sumaré – HES. O HES será administrado pela Unicamp através de convênio assinado em 17/08/2000 e terá como diretor-executivo, nomeado pelo governador, o professor Lair Zambon também interventor do Hospital Conceição Imaculada. O HES estará iniciando suas atividades gradualmente e começará a funcionar atendendo no setor de internação da área de clínica médica. A segunda etapa dos serviços prestados pelo hospital serão na área de maternidade e berçário e os residentes da Unicamp deverão estar atendendo no HES a partir de fevereiro de 2001.
A nova unidade de saúde terá capacidade para atender, quando estiver em pleno funcionamento, cerca de 5000 consultas referenciadas de emergência/mês e 12 mil consultas ambulatoriais mensais cobrindo uma população de cerca de 600 mil pessoas da microrregião formada pelas cidades de Hortolândia, Nova Odessa, Monte Mor, Santa Bárbara do Oeste e Sumaré, podendo atuar como referência hospitalar para outros municípios da região.
O Hospital Estadual Sumaré tem 20 mil metros quadrados de área construída distribuída em sete andares com capacidade de 274 leitos entre eles 18 para UTI adulto e 12 para UTI neonatal. Existem 70 leitos para clínicas cirúrgicas, 38 para pediatria, 35 para obstetrícia, 35 para clínica médica, 19 neonatologia, 08 para observação adultos, 07 para cirurgia ambulatorial e 06 para observação pediátrica. Somam-se ainda 10 leitos para atendimento de adultos, 06 leitos de atendimento em pediatria no serviço de urgência/emergência e 10 leitos de pré-parto. Todo o HES é abastecido por um poço artesiano.
O HES contará com um Serviço de Urgência Referenciada para atendimento de urgência e emergência 24 horas que será a última etapa a ser implantada. Entre os equipamentos de imagem instalados estão aparelhos de raio-x digital, tomografia, mamografia e ultrassonografia. A unidade também possui um anfiteatro com capacidade para 100 pessoas. Os recursos para manutenção do hospital virão do SUS e da Secretaria Estadual de Saúde. Serão gerados cerca de 1500 empregos diretos e indiretos no hospital. Ao todo serão cerca de 250 médicos, 550 profissionais de enfermagem e 450 cargos administrativos e de apoio que serão incorporados ao quadro funcional do HES gradualmente.
HISTÓRICO – O Hospital Estadual Sumaré começou a ser construído em 1989. Três anos depois, as obras foram paralisadas permanecendo até janeiro de 1998 quando foram retomadas no primeiro governo Covas. O HES foi um dos 14 esqueletos encontrados abandonados que tiveram as obras retomadas por Covas quando assumiu o Governo do Estado, em 1995. Dos 14 esqueletos de hospitais, oito já foram entregues: Itaim Paulista, Pedreira, Grajaú, Pirajussara, Itapecerica da Serra, Carapicuíba, Itaquaquecetuba e Guarulhos. O Governo do Estado investiu R$ 238,5 milhões na retomada das onze obras concluídas, já entregues ou em fase de entrega, que totalizam 2.647 leitos hospitalares. A conclusão foi possível graças à parceria entre o governo do estado de São Paulo e a Unicamp, a administradora da nova unidade de saúde. Um dos objetivos dessa parceria é garantir a qualidade do atendimento médico do hospital inaugurado.
A reitoria da Unicamp e a diretoria da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp entendem que o HES é de extrema importância para o Complexo Hospitalar da Unicamp, principal referência de alta complexidade para aproximadamente cinco milhões de habitantes de três divisões regionais de saúde do Estado de São Paulo. O Hospital Estadual de Sumaré ajudará a viabilizar a implementação da reforma curricular para alunos e médicos residentes, que estarão ampliando suas especializações com realidades diferentes daquelas encontradas no Hospital de Clínicas da Unicamp. Considerada uma unidade de atendimento médico secundária, enquanto o Hospital de Clínicas da Unicamp oferece serviços terciários e quartenários (atendimentos de referência), o HES ajudará a desafogar o Complexo Hospitalar da Unicamp.
