Em comemoração aos 7 anos alunos da FCM plantam jaqueira no jardim do CEP

O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) comemora nesta semana sete anos de atividades. Tem demonstrado que mesmo realizando atendimento 100% SUS, […]

Autor: admin

O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) comemora nesta semana sete anos de atividades. Tem demonstrado que mesmo realizando atendimento 100% SUS, dispõe das mesmas ferramentas e resultados de um hospital privado de alto padrão, inclusive certificações de qualidade como a Acreditação Nível 3. Nesse período, o HES atendeu cerca de 380 mil pacientes, realizou mais de 48 mil cirurgias e atinge nesta semana, a marca de 15 mil partos. Também passaram pelo hospital mais de 1,5 mil alunos de graduação de medicina, enfermagem e mais recentemente farmácia.

Para marcar o período alunos, docentes e funcionários realizaram o plantio de uma jaqueira na área de convivência do Centro de Ensino e Pesquisa do HES. Lair Zambon, superintendente do hospital administrado pela Unicamp, explicou aos presentes na cerimônia que a jaqueira tem uma representatividade especial para a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade. “Durante as atividades da faculdade na Santa Casa de Campinas havia um ponto de encontro em uma jaqueira no local. Lá muitas discussões aconteceram para consolidar nosso curso e o complexo hospitalar da universidade, mesmo com receio de alguma fruta despencar da árvore”, brincou Zambon. Participaram do plantio alunos do 5º ano do curso de medicina da FCM e o professor Carlos Henrique Polli, do departamento de Tocoginecologia da faculdade.

Segundo o superintendente do hospital, o objetivo das atividades da semana do aniversário é parabenizar a todos que ajudaram de alguma maneira a construir as várias realidades desse hospital. “Por trás de toda essa estrutura estão pessoas e sem o empenho e dedicação desses profissionais de saúde, dificilmente alcançaríamos um patamar como o de hoje”, garante Zambon, que foi aluno da FCM e residente na Santa Casa. O HES foi o primeiro hospital público do País a conquistar a Certificação de Acreditação Hospitalar Nível 3.

Entre as várias ações criadas no HES neste ano está a ampliação da taxa de partos com acompanhantes que saltou dos índices de 5% para 35%, com taxas de analgesia de parto superior a 90 por cento. Cirurgias de obesidade mórbida começaram com uma por semana e agora são duas. Também foi incluído na rotina no hospital, o teste de orelhinha para todos recém-nascidos no hospital, que é feito diariamente no ambulatório e UTI Neonatal por uma fonoaudióloga. Nas especialidades cirúrgicas a qualidade da produção vem se refletindo no tempo de espera. Diversas especialidades como oftalmo, otorrino, cirurgias ortopédicas, entre outras, estão com tempo de espera semelhante à rede privada.

O hospital é administrado através de um contrato de gestão – com metas de produtividade e qualidade, entre elas satisfação do usuário, baixa taxa de infecção hospitalar, redução de cesárias etc. O convênio é mantido entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP) e a Unicamp, desde setembro de 2000, data de sua inauguração. Nessa data, o hospital iniciou suas atividades com a entrega de 10 leitos na Enfermaria de Clínica Médica, localizada no sétimo andar.

Esta forma de contrato, que evita que o hospital se preocupe em privilegiar procedimentos de melhor remuneração, divide o orçamento em dois segmentos: um que representa 90% do valor total, diretamente vinculado à produtividade, e outro que corresponde aos 10% restantes, relacionado com indicadores de qualidade, como nível de satisfação do usuário e baixas taxas de infecção hospitalar.

Nele, o HES-Unicamp trabalha com demandas estabelecidas e pactuadas entre os seis municípios da microrregião na qual está inserida (Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara D’Oeste e Sumaré) e a Secretaria de Estado da Saúde. Assim, o repasse de recursos está condicionado ao cumprimento das metas propostas como por exemplo, a taxa de indicação positiva de pacientes internados que é de 100 por cento ou seja, pacientes que indicariam o hospital para outros familiares ou amigos. “Trata-se de um indicador de qualidade expressivo pois retrata a satisfação do paciente com a instituição”, destaca a diretora de Assistência Gisella Onuchic.

À frente do Hospital desde sua inauguração, Lair Zambon assegura que ajustes precisos têm garantido uma trajetória positiva do hospital para o futuro. “Mesmo com uma produção 46% maior e um custo 25% menor quando comparado com hospitais semelhantes sob administração direta, estamos reavaliando o hospital continuamente atentos as novas tecnologias e humanização”, comenta o superintendente. Para 2008, diz, o hospital terá boas novidades, principalmente em relação à assistência.

Caius Lucilius com Bruna Bazzo