HES completa 200 artroscopias

A equipe de ortopedia do Hospital Estadual Sumaré atingiu nesta semana a marca de 200 artroscopias em joelhos. O procedimento […]

Autor: admin

A equipe de ortopedia do Hospital Estadual Sumaré atingiu nesta semana a marca de 200 artroscopias em joelhos. O procedimento cirúrgico minimamente invasivo – duas pequenas incisões de centímetros – é usado para diagnosticar e tratar lesões no interior de articulações. O paciente número 200 é um homem de 42 anos, que realizou em seu joelho uma reconstrução do ligamento cruzado anterior. O custo desse tipo de cirurgia na rede privada varia entre R$ 7 e R$ 10 mil.

De acordo com o responsável pelos procedimentos no hospital, Wander Edney de Brito, a equipe do HES tem conseguido realizar até cinco cirurgias por dia, produtividade semelhante ao de hospitais de referência para esse tipo de cirurgia. O artroscópio é um instrumento pouco maior que uma caneta e que emprega fibra ótica para a transmissão das imagens do músculo lesionado através de uma microcâmera, para um monitor de LCD. “As cirurgias levam em média 40 minutos e o paciente tem alta no mesmo dia”, informa Wander.

Conforme dados da DRS-7 o hospital público com o maior número de cirurgias de joelho/mês com o uso de artroscópio realizadas na Região é o Hospital Estadual Sumaré, com um tempo médio de espera de quatro meses. “Estamos muito satisfeitos com a alta resolutividade desse tipo de cirurgia em nosso hospital e queremos avaliar para os próximos anos, novas modalidades com o uso do artroscópio”, comentou a Diretora de Assistência, Gisela de Conti Ferreira Onuchic.

Através da artroscopia o cirurgião consegue enxergar em detalhes a área da articulação no monitor e pode diagnosticar e reparar o tecido lesionado, como ligamentos e meniscos (Estruturas móveis formadas por um tipo de cartilagem). Artroscopia também é usada para o tratamento de articulações dos ombros, cotovelos, pulsos, tornozelos e quadril. As cirurgias de ombro, por exemplo, custam até cinco vezes mais que a de um joelho.

 De acordo coordenador de ortopedia do HES, Eduardo Rossi Barros, a artroscopia começou no hospital há dois anos e têm conseguido reduzir a fila dos municípios atendidos pelo hospital. O problema, ressalta, é que a falta de especialistas e hospitais bem equipados resulta numa enorme demanda. No HES a maioria dos pacientes (60%) são homens jovens que necessitam da cirurgia devido à prática esportiva. Os outros 40 por cento se dividem em vítimas de politraumas, acidentes caseiros e doenças degenerativas.

No HES, ¾ das cirurgias são lesões no menisco. Esportes com paradas bruscas, mudanças de direção e rotação/flexão de joelhos, como o futebol e os esportes de raquete, favorecem essa lesão. Na corrida, a incidência é menor e, quando acontece, costuma ser causada por sobrecarga ou impacto. O ortopedista responsável pelas cirurgias alerta sobre a necessidade da fisioterapia após a cirurgia para uma recuperação perfeita.

Já os problemas com os ligamentos, que trabalham em conjunto com os meniscos, são freqüentemente lesões agudas com o comprometimento de mais de uma estrutura. Nas lesões de ligamentos, pode-se observar estiramento com ou sem instabilidade do joelho ou ruptura completa do mesmo. Essas lesões acontecem muito em atividades esportivas, quando o pé está fortemente apoiado no chão e a perna sofre uma rotação brusca. O indivíduo pode sentir o estiramento/ruptura do ligamento, e é incapaz de continuar a atividade que estava praticando. Alguns ligamentos são lesados mais freqüentemente do que outros, e cada um requer um tipo específico de tratamento.

A técnica da artroscopia moderna se iniciou no Japão na década de 70. Com o desenvolvimento dos artroscópios, a melhoria das câmeras e a miniaturização de instrumentos hoje é possível realizar um diagnóstico preciso e correto da lesão, bem como o tratamento a ser empregado. Antigamente, as cirurgias de menisco por exemplo, retiravam totalmente a cartilagem machucada ocasionando um grande desgaste da articulação e favorecendo a artrose do joelho.

GINASTA – A paciente número 199 foi uma ginasta olímpica de 16 anos e moradora de Nova Veneza. A jovem, que já foi representante da cidade de Sumaré, sofreu a lesão durante os treinos em uma academia de Nova Odessa. A cirurgia foi bem sucedida em breve a ginasta voltará a treinar.

Caius Lucilius com Gláucia Santiago