A primeira turma de alunos do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) da Unicamp, com 52 alunos e que se forma nesse ano, começou o estágio obrigatório do curso. O primeiro grupo de estágio – serão quatro até o final do ano – começou as atividades no HC em janeiro com nove alunos atuando na área clínica, quatro na produção de alimentos e quatro nos ambulatórios. No HES são três alunas na área clínica e uma na produção de alimentos. Os estágios são supervisionados pelas chefes de nutrição Harumi Kinchoku (HC) e Luciana Gullo (HES).
De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da FCA, Rosangela Bezerra, cada grupo cumprirá cerca de 11 a 12 semanas de estágio. O curso passará pelo processo de reconhecimento pelo MEC este ano, com a formação da sua primeira turma. “Nossos alunos são formados tanto para atender na área de clínica médica, como em unidades básicas de saúde, alimentação escolar, institucional e demais serviços de alimentação”, informa Bezerra.
Rosangela Bezerra salienta que o objetivo do curso é formar alunos com diferencial na área de pesquisa, tanto social como de experimentação básica e de investigação científica. “Nós estimulamos muito o aluno que se envolve em pesquisas, pois além dos estágios, eles participam de programas de iniciação científica na FCM (Saúde Coletiva), FEA, Depto. de Genética do IB e no Hospital Boldrini”, comenta a coordenadora do curso de Nutrição.
Os alunos de Nutrição da FCA também terão atividades extracurriculares como atividades de pesquisa em laboratórios de outras universidades, como a USP. Outra característica do curso, diz Rosangela, é a humanização no atendimento. A coordenadora destaca a composição da grade curricular do curso, “um diferencial é a presença de disciplinas da área de humanas na grade do curso, pois mesmo em comparação com outras instituições, nós temos uma quantidade maior de horas/aula destinadas a essas disciplinas”, assegura Bezerra.
Na FCA, o aluno não sai formado apenas como um profissional, ele pois é preparado a interagir com a sociedade de maneira integrada. “Isso se reflete no seu trabalho e nas relações humanas”. A pesquisa científica também é beneficiada por esse modelo de formação, já que os alunos formados passam a enriquecer seu currículo e aprimorar sua capacidade de caracterização de pacientes e identificação de perfis, levando em conta elementos sócio-econômicos também.
Para Luciana Gullo do HES, a presença dos alunos na instituição representa um avanço na qualidade do Serviço de Nutrição e Dietética do hospital. “É uma conquista importante para os alunos, bem como para o hospital e para a Unicamp, pois ao criar condições para uma maior troca de experiência, garantimos ao futuro profissional uma inestimável agregação de valores sobre os serviços prestados por um hospital público de referência como o nosso”, enfatiza Gullo.
Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner
