AME de Sta. Bárbara inicia procedimentos de litotripsia

O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) deu início ao serviço de litotripsia – fragmentação de cálculo renal – no Ambulatório de […]

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O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) deu início ao serviço de litotripsia – fragmentação de cálculo renal – no Ambulatório de Especialidades Médicas (AME-Cirúrgico) de Santa Bárbara D’Oeste. Este é o primeiro hospital 100% SUS da Região a oferecer um serviço de litotripsia, que possui um equipamento de última geração para fragmentação de cálculo renal através de ondas de choque que quebram o cálculo. O equipamento da Siemens custou R$ 1,3 milhão e foi adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde que é a coordenadora dos AMEs em todo Estado.

De acordo com o diretor do AME-Cirúrgico, professor Elinton Chaim, o equipamento passou por ajustes e contou inclusive com a vinda do médico alemão Guido Bendl, representante do fabricante que treinou as equipes responsáveis pela máquina. O equipamento de Santa Bárbara vai realizar inicialmente uma média de 10 sessões por semana. Desde o início dos treinamentos já foram atendidos 15 pacientes. O objetivo, diz Chaim, é diagnosticar precocemente estes cálculos e realizar a implosão para evitar complicações.

A vantagem da litotripsia, explica o urologista Renato Nardi Pedro responsável pelo serviço no AME, é não ser uma conduta invasiva e que dura em média 40 minutos, dependendo do tamanho e da localização do cálculo renal. O primeiro paciente do serviço foi uma mulher de 36 anos e moradora da cidade de Santa Bárbara D´Oeste. Antes todo paciente da Unicamp que necessitasse do serviço era encaminhado para Bragança Paulista, até então, credenciada para esses atendimentos.

Segundo Renato Nardi Pedro os cálculos renais podem provocar dor tão intensa, que o paciente necessita de internação hospitalar e, às vezes, precisa ser submetido a procedimento cirúrgico. Mas na maioria dos casos não é uma doença grave. “O grande problema está na obstrução assintomática que leva à perda da função renal, nas infecções urinárias ou no cálculo obstrutivo constituído por fosfato, amônia e magnésio que compromete a pelve renal e pode causar insuficiência renal crônica”, esclarece o urologista que fez medicina e residência na Unicamp.

Para o professor Lair Zambon, superintendente do HES-Unicamp, o serviço de Santa Bárbara será um espelho do Hospital Estadual Sumaré se referindo à qualidade dos profissionais administrativos e da saúde, a tecnologia instalada e na resolutividade dos serviços prestados. “A lógica de funcionamento será idêntica ao HES, logicamente respeitando as proporções e finalidades da cada instituição”, destaca Zambon.

Caius Lucilius com Yasmine de Souza