Dr. Leandro Franceschini morre aos 92 anos

A direção e os funcionários do Hospital Estadual Sumaré – Dr. Leandro Franceschini lamenta profundamente o falecimento do médico e […]

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A direção e os funcionários do Hospital Estadual Sumaré – Dr. Leandro Franceschini lamenta profundamente o falecimento do médico e ex-prefeito de Sumaré Leandro Franceschini (19/06/1915 – 10/01/2008), ocorrido ontem (10-01) em Campinas, e expressa as condolências à família do cidadão sumareense.

O médico Leandro Franceschini estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva desde o dia primeiro de janeiro último. Médico desde 1943, formado pela antiga Universidade do Brasil no Rio de Janeiro. Veio para Sumaré após se formar onde foi o primeiro médico da cidade para uma população de cerca de 50 mil pessoas. O Dr. Leandro Franceschini foi um dos profissionais mais conhecidos e respeitados em Sumaré e região.

Em 2002, o médico Leandro Franceschini (foto) foi homenageado pelo HES-Unicamp e pela Secretaria de Estado da Saúde que o escolheu como nome oficial do hospital. A cerimônia de descerramento da placa com o nome oficial teve a presença de diversas autoridades, entre elas o Secretário Estadual de Saúde, José da Silva Guedes, deputados e prefeitos da região.

Além da dedicação ao exercício da Medicina, em 1958, o Dr. Leandro foi eleito prefeito de Sumaré, o segundo após a emancipação política do município. Prédios públicos, como a Escola Municipal Primeiro, Segundo Grau e Ensino Profissionalizante (1989) foram batizados com o nome do médico. O corpo foi sepultado nesta sexta-feira (11) no Cemitério da Saudade, em Sumaré.

BIOGRAFIA – Filho de carroceiro e trabalhadora rural, o médico Leandro Franceschini, apesar de ter nascido em 1915 numa fazenda de café em Limeira, o chegou menino em Sumaré. Era filho de João Franceschini e de Amália Demo Franceschini. Veio de Limeira com a família Franceschini para Betel, em Campinas, e posteriormente, aos cinco anos para Sumaré.

Fez o curso primário no Grupo Escolar de Rebouças e os cursos Ginasial e Científico em Campinas, onde estudou, a partir de 1931, no tradicional colégio Culto à Ciência. Em 1935, já possuía dois diplomas: o do ginásio e de contador, cujo curso fez simultaneamente.

Em 1936, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi o 13º colocado em uma turma de 800 candidatos e 70 vagas. Ao completar o curso, voltou à Sumaré, em 1943. Atendia em Sumaré e pessoas de Paulínia, Nova Odessa, Jacuba – atualmente Hortolândia e Monte Mor.

Numa época em que a cidade contava com uma grande população rural, era comum o pagamento das consultas ser feito com produtos da fazenda, como galinha, ovos e carne de porco. Muitas vezes, trabalhava sem nada receber em troca. Dono de uma bondade incomensurável e uma inteligência única, era conhecido em todas as camadas sociais.

Foi clínico geral, mas ficou famoso no Brasil e parte da América Latina pelo seu conhecimento em angiologia. Em sua administração como prefeito foi construído o Colégio Comercial, responsável pela formação de milhares de contadores e técnicos em Administração de Empresas. O prédio abrigou também a Escola Normal de Sumaré. Casou-se na década de 50 com dona Olga Di Marzio e deixa três filhos: Leandro, Cláudio Fernando e Marcelo.

Caius Lucilius