HES inicia obras para estação de tratamento de esgoto

Tratar 98% do esgoto gerado até o início de 2014 é o compromisso assumido pelo Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) para […]

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Tratar 98% do esgoto gerado até o início de 2014 é o compromisso assumido pelo Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) para garantir uma das oito Metas do Milênio estabelecidas pela ONU: a sustentabilidade ambiental. O hospital iniciou as obras de construção da estação de tratamento de esgoto (ETE) que deverá estar pronta no final do ano. Com um investimento de R$ 550 mil, a estação será responsável pelo tratamento de todo o esgoto gerado na instituição, transformando-o em água tratada antes de despejá-lo na rede pública. Dos 88% dos esgotos coletados no município, aproximadamente 13% é tratado.

O Hospital Estadual Sumaré será o primeiro na região a dispor de uma ETE própria que terá capacidade para tratar até 432 mil litros de esgoto por dia. Diariamente, circulam pelo HES cerca de 2000 mil pessoas, entre funcionários, pacientes e familiares, prestadores de serviços e usuários dos serviços do hospital. Com a construção da ETE o hospital eliminará os sistemas de fossas sépticas que recebem atualmente 240 mil litros de esgoto/dia.

“Mesmo que a água tratada pela ETE volte para a rede pública de esgoto, não causará impactos ao meio ambiente”, explica o gerente de engenharia do HES, Ricardo Duft. Segundo Duft a estação de tratamento do HES executará automaticamente os processos de oxidação química, aeração, coagulação, floculação, decantação e filtração. Em Sumaré, o rio Quilombo é o afetado inicialmente, causando impactos no rio Piracicaba.

A construção da ETE do HES terá tratamento preliminar para a retenção de sólidos grosseiros e materiais flutuantes. Primeiro uma peneira irá reter substâncias grosseiras em suspensão como papéis, tecidos, materiais plásticos, etc. Em seguida; uma caixa de areia terá a função de reter materiais particulados e outros detritos inertes e pesados que se encontram nos efluentes, protegendo as bombas e a canalização. Por fim ocorrerão o tratamento biológico e a desinfecção no efluente final tratado.

Estes processos, diz duft, eliminam metais, cor, odor, coliformes, matéria orgânica, sólidos suspensos, sólidos dissolvidos, microorganismos patogênicos e outras substâncias que possam comprometer a qualidade do tratamento. A finalidade da ETE é garantir os padrões de emissão de efluentes em corpos receptores possibilitando inclusive, o reuso em jardins, por exemplo.

O gerente geral do HES, Wagner Lourenço, explica que a escolha por essa concepção de tratamento baseou-se nas seguintes vantagens: pequena área para implantação, custo inferior aos sistemas convencionais, elevada eficiência na remoção de DBO e sólidos em suspensão, lodo mineralizado que dispensa a digestão anaeróbica, fácil operação e manutenção e dispensa decantação primária. “É com esta perspectiva que buscamos contribuir com a saúde da população da região”, finaliza o diretor-superintendente do HES-Unicamp, professor Lair Zambon.

Segundo o Escritório Regional da Cetesb em Americana, responsável por fiscalizar cinco municípios (Americana, Hortolândia, Nova Odessa, Santa Bárbara d´Oeste e Sumaré), Americana é a cidade com maior índice de tratamento de esgoto (87%) com uma coleta que chega a 95%. Hortolândia coleta e trata 58%; Nova Odessa coletava 95% e tratava 7%, mas iniciou neste ano a operação de uma nova ETE para tratar 100%; Santa Bárbara d´Oeste coleta 97% e trata 54% do coletado e Sumaré: coleta 88% e trata 13%.

Em 2011, o Hospital Estadual Sumaré foi um dos 15 hospitais e instituições ligados à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com as melhores ações de qualidade ambiental desenvolvidas em 2010. O prêmio é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e reconhece o esforço dos serviços de saúde que desenvolvem projetos ambientais no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS-SP.

A Meta de sustentabilidade ambiental da ONU se baseia ampliação de áreas protegidas em todo o mundo que tem aumentado sistematicamente. A soma das áreas protegidas na terra e no mar já é de 20 milhões de km² (dados de 2006). O obejtivo da meta de reduzir, até 2015, em 50% o número de pessoas sem acesso à água potável deve ser cumprida, bem como eliminar a geração de esgotos e melhorar condições em favelas e bairros pobres. Saiba em www.un.org/millenniumgoals.

Caius Lucilius com Jéssica Kruckenfellner