HES intensifica fase final para conquista da Acreditação Canadense

Os avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG) – instituição brasileira que concede a Certificação Internacional pelo Canadian Council for […]

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Os avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG) – instituição brasileira que concede a Certificação Internacional pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA) – estiveram por dois dias no HES-Unicamp, para a pré-avaliação, antes da visita oficial por avaliadores do IQG e do comitê de Acreditação Canadense, prevista para os dias 26, 27 e 28 de março. Integraram a pré-avaliação Ana Flávia Félix, Tatiana Lima e Rafael Ferreira.

A Acreditação Canadense é focada na integralidade do cuidado ao paciente, um dos principiais desafios da assistência hospitalar. A qualificação da gestão administrativa e assistencial passa a ser baseada na centralidade do paciente na organização e a segurança do paciente é garantida com medidas mais seguras a cada intervenção e ou ponto do cuidado. O selo da IQG-CCHSA, do Canadá, válido por três anos, exige que as instituições brasileiras tenham a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) em nível máximo.

Para a avaliadora Ana Flávia Felix (ao centro na foto) do IQG, após 20 meses de readequações o HES-Unicamp está cumprindo as regras estabelecidas no escopo da CCHSA com algumas pendências, como por exemplo, relativas ao prontuário dos pacientes. “É possível comprovar mudanças consolidadas, outras em implantação, não se trata de processos que comprometam a data final da avaliação, entretanto, são essenciais e plenamente ajustáveis ao período que resta”, salientou Ana Flávia.

Segundo June Freire, coordenadora da Comissão da Qualidade, responsável pelo processo de acreditação canadense no HES-Unicamp, a atividade está envolvendo o hospital inteiro. “Ao longo desses meses estamos iniciando a reestruturação dos processos assistenciais, discutindo a clínica, avaliando procedimentos, fluxos e sua eficácia a fim de garantir o cuidado necessário para cada tipo de paciente”, explica Freire que acrescenta “para isso foram criadas equipes multidisciplinares e implantados sete grupos (times) de trabalhos para diferentes etapas da assistência e da organização do Hospital”.

June Freire explica que a estrutura predial passa a ser discutida não só pelos engenheiros, mas também por enfermeiros, clínicos, administrativos que discutem o paciente utilizando esta estrutura com determinada demanda. “A clínica por exemplo é discutida por vários profissionais, não por unidade mas quais os cuidados que determinado paciente pode demandar e a unidade mais adequada para recebe-lo – as linhas de cuidado. São mudanças de longo prazo”, enfatiza June Freire.

As readequações incluem, por exemplo, todos os processos voltados à comunicação efetiva com o paciente e a familia, aumentando a autonomia destes; a elaboração de um plano de cuidados multiprofissional à internação; a segurança do paciente como o controle de medicamentos; prontuários adequadamente preenchidos; transferência de um setor para outro registrando as principais mudanças no plano de cuidados; procedimentos cirúrgicos; higiene das mãos em todos os setores, entre outros. A certificação Canadense tem sido referência para vários países em todo o mundo.

Para o diretor-superintendente, Lair Zambon, a cultura do hospital já está habituada a verificação diária de atividades e serviços em relação a padrões pré-estabelecidos na CCHSA. “Já existe no hospital uma cultura de qualidade que agora utiliza como norte, princípios de excelência alinhados ao cuidado mais horizontal na instituição, à segurança do paciente, com base na criação de protocolos e fluxos de atendimento assistencial”, destaca Zambon.

Caius Lucilius