HES se transforma em estúdio de cinema para gravação de filme

Colaboradores do Hospital Estadual Sumaré vivenciaram uma experiência única para a produção de um filme com artistas famosos. Durante dois […]

Autor: Caius

Colaboradores do Hospital Estadual Sumaré vivenciaram uma experiência única para a produção de um filme com artistas famosos. Durante dois dias, mais de 100 profissionais de cinema como diretores de fotografia, diretores de arte, diretor de iluminação, produtores, sonoplastas, maquiadores etc, se instalaram na área de radiologia do hospital para a gravação de trechos do filme Estamos Juntos, do diretor Toni Venturi e estrelado por Leandra Leal, Cauã Reymond, Lee Taylor, Nazareno Casero, Débora Duboc e Drica Paes. Três colaboradores do HES-Unicamp atuaram com figurantes.

O filme trata da carreira de uma jovem e talentosa médica (Leandra Leal) que se mudou há poucos anos do interior do Rio para São Paulo com seu amigo gay, Murilo (Cauã Reymond) que vive o papel de um divertido amigo e DJ .Distante das amarras da cidade provinciana de onde veio. Mas quando sintomas de uma grave e inesperada doença surgem na vida desta médica residente, sua rotina se transforma e ela passa a se relacionar cada vez mais com um enigmático homem (Lee Taylor) ao mesmo tempo em que se entrega a uma intensa paixão com o impetuoso músico Juan (Nazareno Casero).

No drama Estamos Juntos, a jovem médica fará com que as duas realidades em que vive se confrontem, mesmo que elas acabem conquistando ou destruindo uma à outra. A convite de outra médica (Débora Duboc), passa a fazer trabalho comunitário em um prédio ocupado ao lado da Luz, no Centro de São Paulo e o ofício toma a rotina de Carmen por inteiro. “Ela vai passar por lições de humanismo e descobrir isso da pior maneira”, adianta o diretor Toni Venturi.

Uma pergunta que dois personagens se fazem mais de uma vez – “o medo deixa as pessoas mais egoístas?” – dá o tom em Estamos Juntos, mas fica a sensação de que ela diz mais respeito a um estado das coisas (vivemos todos sitiados) do que, propriamente, à postura de Carmen. Porque não fica claro, a princípio, de que medo é esse que se fala.

Carmen tem um companheiro, com ele divide as pequenas coisas da vida, como quebrar um ovo cozido no café da manhã, mas o roteiro não explica se é um amor, um familiar ou mesmo uma projeção do inconsciente. O filme dá a entender que a personagem é assombrada por uma ausência, e essa questão não se resolve. “Não se resolve porque Venturi está mais interessado na coletividade”.

Caius Lucilius