O Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp) manteve a certificação da Acreditação com Excelência, após dois dias de auditoria da Qualisa, empresa credenciada pela Organização Nacional de Acreditação – ONA. Dentro do processo de recertificação, o Ambulatório Cirúrgico de Santa Bárbara D’Oeste também integrou a auditoria e é o primeiro AME do Governo do Estado de São Paulo a deter a Acreditação Nível 3. A certificação é a mais alta no padrão da Acreditação Hospitalar da ONA e assegura aos usuários a excelência na qualidade da assistência à saúde, segurança e a excelência na gestão administrativa. O hospital é o primeiro no país, entre os 36 com a Acreditação Plena, a assegurar a recertificação.
Em 2006, o HES foi um dos três hospitais públicos do país que conseguiram a certificação. Trata-se de um fato inédito para um hospital público de ensino, já que apenas oito hospitais no Brasil, cinco privados (no estado de São Paulo, só o Oswaldo Cruz), possuíam essa acreditação. A ONA é o órgão credenciado pelo Ministério da Saúde, que avalia a eficiência das instituições de saúde públicas e particulares no Brasil. Mantido pela Secretaria de Estado da Saúde e administrado pela Unicamp desde 2000, o HES também foi o primeiro hospital no país a conquistar, em 2005, o nível 2 da Certificação de Acreditação Hospitalar.
A Acreditação Hospitalar é a outorga de um certificado de avaliação que expressa a conformidade com um conjunto de padrões previamente estabelecidos. A acreditação é um novo conceito de qualidade que combina segurança com ética profissional, responsabilidade e qualidade de atendimento. “A responsabilidade da recertificação é muito maior, pois comprova o empenho da instituição em dar continuidade e aprimorar os padrões de excelência à assistência”, comenta Lair Zambon, diretor superintendente do HES-Unicamp.
Para a médica June Barreiros Freire, coordenadora da Comissão da Qualidade do HES-Unicamp, a boa surpresa foi a inclusão do AME Cirúrgico de Santa Bárbara dentro do escopo da certificação, já que a unidade foi inaugurada há pouco mais de seis meses. “Fato relevante nesse processo é que ele não se restringe apenas ao corpo gerencial do hospital, mas envolve todos os profissionais da instituição ligados à assistência, ou seja mais de setenta por cento dos colaboradores”, destaca June Freire.
O Programa de Acreditação Hospitalar estabelece três níveis: 1º segurança na estrutura física, sanitária e de capacitação profissional; 2º processos no fluxo de trabalho e o terceiro nível estabelece a melhoria do atendimento e gestão. A ONA é reconhecida formalmente pelo MS como entidade competente para o desenvolvimento do processo de acreditação hospitalar, que juntos habilitam empresas acreditadoras e expedem a certificação das organizações hospitais.
O AME Cirúrgico começou a funcionar no dia 01 de dezembro e tem capacidade de realizar cerca de 3.150 atendimentos/mês, sendo 800 cirurgias, cobrindo uma população de 5 milhões de pessoas. A unidade dispõe de 1985 metros quadrados de área construída e vai realizar cirurgias ambulatoriais de diversas especialidades para pacientes de 62 municípios. O AME é o primeiro 100% SUS na Região a dispor de um moderno serviço de litotripsia – equipamento para fragmentação de cálculo renal.
Caius Lucilius
