Mais de 50 bebês passaram por exames de triagem auditiva neonatal

As fonoaudiólogas Thaís Vilarinho e Cláudia Caprini completaram seis meses de trabalho voluntário na UTI Neonatal do HES-Unicamp. Juntas, elas […]

Autor: admin

As fonoaudiólogas Thaís Vilarinho e Cláudia Caprini completaram seis meses de trabalho voluntário na UTI Neonatal do HES-Unicamp. Juntas, elas realizam todas as sextas-feiras de manhã, o exame de emissões otoacústicas também conhecido como “teste da orelhinha”. Simples e rápido, o exame avalia por meio de um estímulo sonoro, se existe deficiência auditiva através de sons provenientes da cóclea, órgão sensorial responsável pela audição. A deficiência auditiva pode ser detectada em média 48 horas após o nascimento do bebê, por meio do teste da orelhinha.

A vantagem do diagnóstico precoce, explica Thaís Vilarinho, é que o problema pode ser rapidamente tratado, evitando que o desenvolvimento da aprendizagem da criança seja prejudicado. O trabalho voluntário de Thaís e Cláudia já possibilitou o atendimento de mais de 50 bebês e apenas um apresentou problemas. Segundo a fonoaudióloga, o exame não incomoda nem machuca o bebê e geralmente é realizado durante o sono natural do bebê, depois dele mamar. Leva apenas cinco minutos e é realizado por um equipamento composto por uma sonda, um gerador de estímulos sonoros e um microfone acoplados a um notebook.

“A importância da identificação precoce da deficiência auditiva, é facilitar o desenvolvimento da comunicação da criança com o mundo”, destaca Thaís. Se diagnosticado algum problema, o caso é encaminhado para uma bateria de exames mais complexos no CAISM-Unicamp. O uso de aparelho auditivo, se possível e necessário, pode começar aos seis meses de idade, depois dessa idade a surdez pode prejudicar a evolução da linguagem e da aprendizagem.

Dados oficiais revelam que em cada 1.000 recém nascidos no Brasil, de dois a seis bebês apresentam algum tipo de perda auditiva, mesmo sem histórico familiar nem fatores de risco. “Existe a possibilidade do SUS ressarcir esse exame e assim poderemos incluir a triagem auditiva neonatal na rotina do HES”, argumenta Thaís.