Missão de Acreditação Canadense avalia Hospital Estadual Sumaré durante três dias

O médico James Robblee, chefe da Divisão de Anestesiologia e Cardiologia da Universidade de Ottawa, chegou ao Brasil para coordenar […]

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O médico James Robblee, chefe da Divisão de Anestesiologia e Cardiologia da Universidade de Ottawa, chegou ao Brasil para coordenar a avaliação do Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp), que vai aderir a Certificação Internacional chancelada pelo Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA). Serão três dias de avaliação (26, 27 e 28 de março) de todo hospital, juntamente com uma equipe de cinco avaliadores do Instituto Qualisa de Gestão (IQG) – instituição brasileira que concede a certificação internacional. No Brasil apenas três hospitais públicos possuem a Acreditação Canadense – todos da Grande São Paulo – e o HES pode ser o primeiro do interior do País a conquistar esse título.

A Acreditação Canadense é focada na integralidade do cuidado ao paciente, um dos principiais desafios da assistência hospitalar. A qualificação da gestão administrativa e assistencial passa a ser baseada na centralidade do paciente na organização e a segurança do paciente é garantida com medidas mais seguras a cada intervenção e ou ponto do cuidado. O selo da IQG-CCHSA, do Canadá, válido por três anos, exige que as instituições brasileiras tenham a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA) em nível máximo.

No hospital, a missão canadense foi recepcionada ontem (26-03) pelo diretor-superintendente, Lair Zambon e pelo diretor administrativo, Flávio de Sá. Juntos iniciaram uma visita por algumas áreas do HES-Unicamp entre elas, Urgência Referenciada adulto e pediátrico, setor de Imagenologia, enfermaria de Pediatria, UTI Neonatal, Brinquedoteca. Em seguida os avaliadores se dividiram por áreas cirúrgicas (enfermarias), centro obstétrico, farmácias e UTIs. A tarde ocorreu uma nova reunião entre os avaliadores e a administração do hospital com seus gerentes, em que James Robblee direcionou por cerca de duas horas, várias perguntas aos presentes.

Lair Zambon abriu a reunião ressaltando a história da instituição que ao ser incorporada a Unicamp quebrou paradigmas sobre qualidade em saúde pública se referindo as outras certificações conquistadas. “Este hospital possui uma dinâmica de funcionamento que permite adequar seu perfil assistencial conforme as demandas”, explicou Zambon. O médico James Robblee ouviu atentamente uma apresentação realizada pelo diretor de assistência, Maurício Perroud e quis saber entre outras questões financiamento do hospital, ensino e capacitação profissional, contratações de funcionários, aquisição de materiais e equipamentos, condutas de ética médica, protocolos de AVC, infarto agudo de miocárdio e Sepse entre outros. “O foco da acreditação é ajudar as organizações a compreender o que estão fazendo bem e as oportunidades que estão disponíveis para a melhoria”, comentou Robblee.

As readequações exigidas incluem, por exemplo, todos os processos voltados à comunicação efetiva com o paciente e a família, aumentando a autonomia destes; a elaboração de um plano de cuidados multiprofissional à internação; a segurança do paciente como o controle de medicamentos; prontuários adequadamente preenchidos; transferência de um setor para outro registrando as principais mudanças no plano de cuidados; procedimentos cirúrgicos; higiene das mãos em todos os setores, entre outros. A certificação Canadense tem sido referência para vários países em todo o mundo.

O médico Robblee é presidente do Comitê Consultivo Médico Canadian Council for Health Services Accreditation (CCHSA) e já avaliou mais de 50 hospitais no Canadá, Europa e na Arábia Saudita. A equipe de avaliadores do IQG é liderada por Ana Flávia Felix e composta por Ameliza Peruti, Gilcélia Almeida e Renata Machado.

Caius Lucilius