Modelo de gestão do HES-Unicamp chega ao Pará

O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, compareceram na última sexta-feira, (17/3), […]

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O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, compareceram na última sexta-feira, (17/3), à inauguração do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, primeiro do Estado do Pará que utilizará o modelo paulista de parceria com Organizações Sociais de Saúde (OSS) para gestão. O modelo apresentado será o utilizado no Hospital Estadual Sumaré (HES-Unicamp), mesmo não sendo uma OSS. O governador paulista e o secretário Barradas Barata foram recebidos pelo governador do Pará, Simão Jatene.

O Estado do Pará será mais um a adotar o modelo de São Paulo para gestão de hospitais. Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro, além da capital, já adotaram modelos semelhantes ao paulista. No início deste ano, o Banco Mundial apresentou estudo aprovando as OSS. “O Brasil deve se aprofundar e difundir (o modelo paulista) para outros Estados. As OSS são um bom modelo para hospitais novos”, afirmou o especialista em Saúde do Departamento de Desenvolvimento Humano do Banco Mundial, Gerard Martin La Forgia.

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo auxiliou o governo do Pará com assessoria técnica para implantação das OSS. Técnicos da pasta estiveram no estado nortista esclarecendo os paraenses. O secretário Barradas Barata comandou seminários sobre o tema. “O Pará começou nesta sexta-feira a adotar um modelo de sucesso, aprovado por especialistas em saúde e, o mais importante, pela população. A Secretaria implantou este modelo na região de Campinas, mais especificamente na cidade de Sumaré, e os resultados têm sido muito bons”, afirma Barradas Barata.

As 22 unidades de saúde de São Paulo têm metas de quantidade e qualidade a cumprir. Estudo comparativo elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com técnicos do Banco Mundial, com amostragem de 13 hospitais gerenciados por Organizações Sociais de Saúde e outros 13 da administração direta, comprova o sucesso do modelo. Para se ter uma idéia, o custo médio de cada internação nas OSS em 2004 foi de R$ 2.589, 25,1% menor que os R$ 3.455 verificados nos hospitais administrados diretamente pelo Estado.

O levantamento ainda aponta que esses hospitais geridos por entidades privadas sem fins lucrativos internaram 159 mil pacientes em 2004, 43,2% a mais do que as 111 mil internações nos hospitais de administração direta. Um detalhe: o orçamento para ambos os modelos foi praticamente igual, o que significa dizer que as OSS atenderam mais com o mesmo dinheiro, isto é, foram mais eficientes.