Mutirão do HES para diagnóstico de câncer de próstata foi um sucesso

O primeiro mutirão para diagnóstico de câncer de próstata promovido pelo Hospital Estadual Sumaré, superou as expectativas da equipe responsável […]

Autor: admin

O primeiro mutirão para diagnóstico de câncer de próstata promovido pelo Hospital Estadual Sumaré, superou as expectativas da equipe responsável pela campanha. Foram 246 casos atendidos das 8h às 17h e 46 toques suspeitos indicados para biópsia de próstata que será realizada no hospital. Além disso, todos os pacientes foram encaminhados para realização do exame de sangue (PSA) e retorno ao hospital. O mutirão de prevenção contra o câncer de próstata atendeu homens com idade acima de 45 anos, que também assistiram uma palestra sobre o câncer de próstata e receberam folhetos explicativos. A previsão da equipe do HES-Unicamp é realizar um novo mutirão nos primeiros meses de 2005.

No Brasil, o câncer de próstata é a segunda causa de óbitos por câncer em homens, sendo superado apenas pelo câncer do pulmão. Em 2003, a ocorrência foi de 32.240 casos novos e 8.230 mortes por este câncer. Atinge uma grande quantidade de indivíduos e muitas vezes não há nenhum sintoma. Entre 60-70 anos a incidência é de 24%, ou seja, a cada 100 homens há 24 com câncer de próstata nesta faixa etária. Esta incidência atinge 50% dos homens aos 80 anos.

Ao fazer o diagnóstico, o médico procura identificar a próstata, que fica logo à frente do intestino reto. Ele avalia o tamanho do órgão, seus limites e características anatômicas habituais. A próstata normal tem consistência macia (como a da ponta do nariz), limites precisos e um sulco na região mediana, que a divide em dois lobos laterais (direito e esquerdo). O tamanho é equivalente ao de uma noz.

Quando há hiperplasia benigna, a próstata cresce mas preserva sua consistência e seus limites continuam fáceis de identificar. Se existir um tumor, o urologista pode sentir uma região (nódulo) com a consistência bastante endurecida (pétrea) e identificá-lo quando ainda é curável (pequeno). “Neste caso, ele indicará a realização de uma biópsia de próstata para confirmação da suspeita. Com tumores grandes, toda a próstata fica endurecida e seus limites ficam difíceis de identificar”, explica o urologista do HES, Marcelo Thiel.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, nos últimos dez anos a incidência de câncer de próstata aumentou significativamente entre os homens com mais de 50 anos, transformando a doença num verdadeiro problema de saúde pública. Nos Estados Unidos, por exemplo, a realidade é igualmente alarmante: trata-se da segunda maior causa de morte por câncer. Na maioria dos casos, o tumor apresenta um crescimento lento, de longo tempo de duplicação, levando cerca de 15 anos para atingir 1 cm³ e acometendo homens acima de 50 anos de idade.

O HES-Unicamp fica na Avenida da Amizade, nº 2.400, Jardim Bela Vista, Sumaré.

Caius Lucilius