Novas autoclaves aumentam em 157% capacidade da CME com maior segurança

O Hospital Estadual Sumaré colocou em funcionamento esta semana, a mais avançada tecnologia em equipamentos para esterilização. São duas autoclaves […]

Autor: Caius

O Hospital Estadual Sumaré colocou em funcionamento esta semana, a mais avançada tecnologia em equipamentos para esterilização. São duas autoclaves com barreira para a Central de Materiais e Esterilização (CME), que substituíram equipamentos que funcionavam desde a inauguração do hospital, há 17 anos. As novas autoclaves aumentam em 157% a capacidade de esterilização de materiais com maior segurança, devido às tecnologias embarcadas. O investimento foi de R$ 300.000,00 garantido pela Secretaria de Estado da Saúde.

Para uma das coordenadoras da CME, enfermeira Edna Beck, são muitas as vantagens dos novos equipamentos que contam com alto grau de automação, o que não existia nas anteriores. Através de um painel touch screen é possível ter todos os controles da autoclave, que permite por exemplo, a configuração e memorização de inúmeros ciclos de esterilização para diferentes materiais cirúrgicos. “A automatização do sistema ajuda a qualificar a precisão do processo de esterilização dos materiais, facilitando a certificação de processos do usuário”, ressalta Beck.

Outra vantagem importante das novas autoclaves é o sistema de barreira, que significa uma máquina com uma porta de acesso para colocação dos materiais e outra de saída para retirada do material esterilizado em outro ambiente. Dessa forma, explica, os fluxos desses materiais são diferentes, o que elimina riscos de contaminação. As antigas autoclaves, além de menor capacidade (350 litros), possuíam apenas uma porta para colocação e retirada do material. “Além da barreira, as novas estão com uma ergonomia melhor, sistema anti-esmagamento nas portas e facilidade para a manutenção”, esclarece.

Como explica Ricardo Duft, gerente de Engenharia, a aquisição implicou em uma reforma de readequação na área, que levou 30 dias. A principal foi a adequação da área para a retirada do material esterilizado. Além disso, conta, foram necessárias novas instalações da rede de vapor, ar comprimido e elétrica. “Como se trata de uma área restrita e crítica de parar, aproveitamos e fizemos uma reforma geral com pintura e remontagem de armários”, conta Duft.

As responsáveis pela CME, enfermeiras Evelin e Edna ressaltam o imenso planejamento estratégico necessário para essa readequação. Uma complexa rotina de logística foi preparada para separar os materiais e envia-lós para as equipes responsáveis pelas autoclaves do HC da Unicamp e do Hospital Celso Pierro da PUC-Campinas. “Não podemos deixar de registrar nossos agradecimentos aos colegas de enfermagem e gestores dessas instituições, e também de nossa equipe que não mediu esforços para que a rotina no HES não fosse prejudicada nesse período”, enfatizam Evelin e Edna.

Na CME atuam 30 profissionais responsáveis pela limpeza, preparo, acondicionamento, esterilização e distribuição de todos os materiais para as Unidades de Internação, Unidades de Terapia Intensiva, Procedimentos Especializados, Centros Cirúrgicos e Centro Obstétrico. Cabe ainda a CME, o controle de materiais cirúrgicos, ortopédicos e outros consignados a serem esterilizados, bem como a montagem das caixas cirúrgicas para cada especialidade.

Com 550 litros de capacidade, no processo de esterilização da autoclave ocorre a remoção de ar por alto vácuo pulsante, utilizando como agente esterilizante o vapor saturado sobpressão. Um ciclo completo de esterilização constitui-se basicamente de três etapas: Aquecimento, Esterilização e Secagem, podendo após a realização das três etapas completas, dizer que a esterilização foi completa. Na CME do HES-Unicamp são realizadas em média 900 ciclos de esterilização por mês para cerca de 24 mil itens. Na Unidade ainda estará em funcionamento outra autoclave como as que foram desativadas, totalizando três equipamentos.

Caius Lucilius