Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente é estrutura na macrorregião

Representantes de 14 instituições hospitalares (públicas e privadas) e de secretarias de Saúde dos municípios da microrregião de Sumaré estiveram […]

Autor: admin

Representantes de 14 instituições hospitalares (públicas e privadas) e de secretarias de Saúde dos municípios da microrregião de Sumaré estiveram reunidos no último dia 19, no HES-Unicamp, com objetivo de integrarem a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente – REBRAENSP. Todos os representantes assumiram o compromisso de participarem da Rede e estabelecerem dentro de suas práticas, os conceitos de segurança do paciente.

A Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente foi criada em 2008 como iniciativa da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS, e atualmente é coordenada pela professora Silvia Cassiani da USP-Ribeirão Preto. O Pólo Campinas – REBRAENSP que abrange 42 municípios é subdividido em Núcleos Regionais e está sob a responsabilidade da docente Edineis de Brito (FCM-Unicamp).

A REBRAENSP tem o objetivo disseminar e sedimentar a segurança nas organizações de saúde, escolas, universidades, programas e organizações não governamentais com intuito de prevenção de danos e de fortalecimento das ações na assistência ao paciente. Está presente em todo país constituída de membros reunidos em Pólos e Núcleos Regionais.

O Núcleo Sumaré será constituído pelas instituições e profissionais dos municípios de Sumaré, Santa Bárbara do Oeste, Americana, Nova Odessa, Hortolândia e Monte Mor, e será coordenado pela gerente de Enfermagem do HES, Audrey Rippel e pela coordenadora de Enfermagem Luciane Matos Torrano. A próxima reunião do Núcleo Sumaré acontecerá dia 26 de março, no auditório do Centro de Ensino e Pesquisa – CEP, onde estarão sendo organizadas oficinas de segurança do paciente para capacitação dos colaboradores das instituições.

Uma Aliança pela segurança – Estudos realizados na universidade de Harvard (EUA) e publicados pela OMS, em 2004, evidenciaram que 4% dos pacientes sofrem algum tipo de dano no hospital. Dados do Instituto de Medicina dos Estados Unidos (EUA), em 1999, indicavam que os erros associados à assistência à saúde causam entre 44 mil e 98 mil disfunções a cada ano nos hospitais daquele país. Diante do problema, em 2002, a 55ª Assembléia Mundial de Saúde atribuiu à OMS a responsabilidade de estabelecer normas e dar suporte aos países para o desenvolvimento de políticas e práticas voltadas à segurança do paciente.

Em 2004, foi criado o projeto Aliança Mundial para a Segurança do Paciente. Do projeto já fazem parte países como Canadá e Estados Unidos. Na América latina, os países do Mercosul vêm se articulando para a assinatura do compromisso. A abordagem fundamental da aliança é a prevenção de danos aos pacientes e o elemento central é a ação chamada “Desafio Global”, que a cada dois anos lança um tema prioritário a ser abordado.

Em 2005 e 2006, com o tema “Clean Care Is Safe Care” (Cuidado limpo é cuidado mais seguro), o foco foram as infecções relacionadas à assistência à saúde (Iras). Sabe-se que este tipo de infecção não pode ser totalmente eliminado. Entretanto, diversas estratégias podem ser efetivas para sua redução. Uma estratégia simples, de baixo custo e alto impacto, é o correto e permanente ato de higienização das mãos dos profissionais de saúde.

No biênio 2007-2008, o Desafio Global proposto pela Aliança foi “Safe Surgery Saves Lives” (Cirurgia segura salva vidas). O objetivo é tornar a cirurgia segura uma realidade constante nas instituições de saúde, vencendo os desafios relacionados à estrutura física, equipamentos, prevenção de infecções e à capacitação dos profissionais de saúde.

Para o presidente do projeto Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, Liam Donaldson, médico-chefe do Reino Unido mesmo nos países industrializados, o erro humano é apenas parte do problema. “A maioria são devido a fatores inerentes ao sistema, como protocolos errados. Se nós apenas punir os funcionários, as oportunidades de aprender com nossos erros irá para o túmulo com o paciente que morreu”, diz Donaldson.

Caius Lucilius