Pneumonia interna 14 paulistas por hora no Estado

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo aponta que no ano passado, em média, 14 […]

Autor: admin

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) de São Paulo aponta que no ano passado, em média, 14 pacientes foram internados por hora por pneumonia, nos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) do Estado. No HES-Unicamp em 2012, foram registrados 302 casos de internações por doenças pulmonares com predominância da pneumonia, uma das doenças que mais mata no planeta.

Balanços anteriores da SES mostram que houve queda de 7% no número total de casos nos últimos três anos. Mesmo assim, 129.043 pessoas foram internadas no ano passado vítimas de pneumonia. No Brasil, as pneumonias são a maior causa de internações, com números que chegam a 900 mil por ano. As vítimas são principalmente crianças e idosos. O abandono do fumo, vacinas e até limpeza de ar condicionado são medidas de prevenção eficazes contra a doença.

De acordo com o diretor clínico e pneumologista, Maurício Wesley Perroud Júnior, a pneumonia é um quadro de infecção no pulmão que pode ser causado por bactérias, vírus, helmintos ou até mesmo fungos. Ele destaca que a pneumonia é uma doença evitável e tratável, porque diferente do vírus da gripe, ela não é transmitida facilmente.

Porém, recomenda-se a não exposição a mudanças bruscas de temperatura, o fumo, que pode provocar uma reação inflamatória que facilita a infecção e ainda o consumo de álcool, que interfere no sistema imunológico do aparelho respiratório. Há orientações também para evitar o ar-condicionado, pois o mesmo deixa o ar muito seco, o que também facilita infecções.

O acompanhamento médico regular e atenção aos sintomas ajudam na prevenção, diz. Febre alta, tosse, dor no tórax, mal-estar generalizado e falta de ar são os principais indicadores da presença da infecção. A partir da consulta com um pneumologista, são feitos exames clínicos, como auscultação dos pulmões e radiografias de tórax. ” Quanto mais precoce for o tratamento, maiores são as chances de sucesso”, ressalta.

Se identificada a presença da doença, o médico indicará o tratamento mais adequado. O mais comum é o uso de antibióticos, que são distribuídos gratuitamente na rede pública de saúde e em três ou quatro dias o paciente já apresenta melhora. Apenas em casos específicos a internação pode ser necessária, quando a pessoa é idosa, apresenta comprometimento da função dos rins ou da pressão arterial e ainda nos casos de crianças, grupo mais vulnerável.

Cinco passos de prevenção à pneumonia:

1- Mudanças climáticas por si só não causam pneumonia. No entanto, a aglomeração de pessoas em locais fechados durante os períodos mais frios aumentam o risco contaminação por vírus. Evite estes locais ou tente melhorar a circulação de ar deles;

2- Mantenha o ar condicionado higienizado e se atente a isso nos locais onde costuma frequentar. Existe um tipo específico de pneumonia que pode ser causado pela má conservação dos equipamentos (legionelose);

3- Tome a vacina da gripe e, se possível, a de prevenção ao Haemóphilus Influenza e à Pneumococo;

4- Pessoas com baixa imunidade (transplantados, pacientes de AIDS ou oncologia, cardíacos, reumáticos, crianças e idosos) devem, obrigatoriamente, tomar estas vacinas;

5- Fumantes têm grandes chances de desenvolver pneumonia. A única forma de prevenção neste caso é o abandono completo do vício.

Caius Lucilius